A luta dos habitantes de
Olinda e Recife, ocorrida no ano de 1710, revelava as contradições que
afloravam na sociedade colonial, como a crise econômica açucareira do nordeste.
Recife cresceu
desde a época da ocupação holandesa, destacando-se como centro comercial
dominado pelos portugueses, enquanto Olinda, na época a capital, demonstrava nítidos
sinais de decadência.
Em 1703, os
mascastes, nome pejorativo dado aos comerciantes de Recife ganhou o direito de
se candidatar aos cargos da Câmara Municipal de Olinda, o que causou o
descontentamento dos aristocratas.
A revolta
eclodiu quando, em 1719, Recife ganhou autonomia, sendo elevada a categoria de
Vila. Inconformados, os moradores de Olinda invadiram Recife e destruíram o
pelourinho, desencadeando assim uma serie de combates entre as duas vilas.
O conflito
só teve um final em 1711, quando novas autoridades foram enviadas de Portugal. Embora
conciliador, o novo governador, vindo de Portugal, confirmou autonomia de
Recife.
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