Quase
sempre, as bandeiras eram organizadas mediante a iniciativa de particulares.
Constituídas de grandes contingentes de pessoas - homens, mulheres e crianças
-, partiam com as condições exigidas pelas longas distancias que tinham que
percorrer.
Diversos bandeirantes ficaram celebres, entre
os quais: Fernão Dias Pais, Antonio Raposo Tavares, Bartolomeu Bueno da Silva
(o Anhanguera), Domingos Jorge Velho. Borba Gato e Manuel Preto.
Fernão Dias
Pais, audacioso e perseverante na realização do seu sonho de encontrar as
cobiçadas esmeraldas, possibilitaram a exploração das jazidas de ouro no
território mineiro.
Antonio
Raposo Tavares, implacável caçador de índios para submetê-los ao trabalho
escravo, chegou atacar redução dos jesuítas, que abrigavam inúmeros índios, em
terras sob o domínio espanhol. Desse modo, grandes regiões foram anexadas ao
Brasil.
Bartolomeu
Bueno da Silva (a Anhanguera) explorou, em 1682, os sertões de Goiás. Foi o
primeiro a fazer isso. Anhanguera significa “diabo vermelho”. Os índios lhe
deram esse nome porque, a fim de amedrontá-los, pôs fogo na aguardente
depositada numa vasilha, ordenando-lhes que lhe informassem onde havia ouro.
Caso contrário, faria o mesmo com os rios. Acreditando, os índios atenderam o
seu desejo.
Domingos Jorge
Velho foi o bandeirante responsável pela destruição dos Quilombos dos Palmares,
que eram formados por agrupamentos de negros que fugiam da escravidão, contra
os quais outros ataques não haviam sido bem sucedidos.
Borba Gato
foi obrigado a refugiar-se no sertão, em vista de haver sido considerado
culpado da morte do administrador-geral das minas, Dom Rodrigo Castelo Branco.
Percorrendo o sertão, acabou por descobrir ouro no rio Velhas e na serra de
Sabarabuçu. Tempos mais tarde, pôde voltar ao convívio dos seus, e passou a
viver cercado de consideração. Era genro do celebre bandeirante Fernão Dias
Pais.
Manuel
Preto foi o bandeirante que em 1628, chefiou o ataque contra o aldeamento
jesuítico de Guairá. Fundou, em São Paulo, a Freguesia do Ó.
Graças às
bandeiras, o território brasileiro foi estendido bem além da linha demarcada
pelo tratado de Tordesilhas.
Costuma-se
dividir as bandeiras em três fases:
1) Ciclo
da Caça ao Índio
2) Ciclo
do Ouro de Lavagem
3) Ciclo
do Ouro e dos Diamantes
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